Não preciso dizer novamente que sou fã da Roberta Sudbrack. Já fiz aula, já fui jantar, já reproduzi receitas inspiradas no que aprendi com ela… Mas na última sexta-feira vivi mais uma experiência na casa laranja: o picadinho. O prato que leva o nome do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é primoroso. Servido apenas no almoço das sextas, faz parte de um menu fechado que inclui salada e sobremesa. Como era sexta-feira santa, a segunda opção de menu tinha como prato principal o bacalhau que a chef aprendeu com sua vó Iracema. Mas chega de introduções. Vamos logo aos detalhes!
A tarde começou como sempre com o pão da casa quentinho, manteiga com flor de sal e o delicioso salame do sul do país cortado fininho. Tudo delicado e acompanhando um Cave Geisse Nature bem gelado (R$160).
Como éramos cinco e todos queriam provar todas as opções, foram dois menus do picadinho, que saiu por R$ 120, e três do bacalhau, que custava R$ 180. A salada do primeiro era de folhas bem frescas coroadas com um queijo de cabra gratinado que estava muito saboroso.
Já quem pediu o bacalhau foi presenteado com uma salada impecável. Chicória frisée com certo amargor que era balanceado com abóbora assada em cubos. Macia e docinha, a abóbora equilibrou o prato que continha ainda o salgadinho e a presença do parmigiano ralado.
Veio então o bacalhau. Cozido e em lascas, estava acompanhado por batatas assadas, cebolas caramelizadas no vinho do porto branco, fatias finíssimas e muito crocantes de pão, alho, brócolis e azeitonas. Novamente tudo em equilíbrio. A crocância do pão contrastava bem com a maciez da batata e do próprio peixe. Muito gostoso.

Saboroso, com contraste de texturas e temperado no ponto certo o bacalhau que homenageia a Vó Iracema!
Mas não adianta. A estrela da sexta realmente foi o picadinho. Primeiro na apresentação. É muito legal tudo vir separado para você montar o seu prato. Arroz soltinho, banana crocante e muito doce e uma farofa de cenoura simplesmente espetacular. Novamente a simplicidade imperou. Manteiga na medida, muito gostosa mesmo.
Só que estes são os coadjuvantes. A estrela vem em uma cocotte da Le Creuset. Quando você tira a tampa lá está o ovo coroando o mignon cortado na ponta da faca e um molho aromático, rico e saboroso. Mas o ovo poché é tão bonito que te deixa meio hipnotizado. E o espetáculo de estourar e ver aquela gema quase laranja se misturando ao molho e deixando o prato realmente incrível é demais. Comendo você entende os motivos de o nosso ex-presidente ter segurado Roberta em sua cozinha por muito tempo.
Era chegada a hora das sobremesas. No menu do picadinho, um clássico: canelone de maçã com pistache e calda toffee. O crocante da massa dava a textura. O recheio doce contrastava com um caramelo quente e levemente salgado que estava impecável. Sim, eu abri mão do bolo abaixo pelo canelone.
O bolo? Era a sobremesa do segundo menu. Também já famoso, o bolo molhado é delicioso. Extremamente macio, derrete na sua boca e tem a potência dos chocolates Amma, da Bahia. A calda quente é algo a parte também. E a fatia é bastante generosa, perfeito para quem é maluco por chocolate.
No fim, junto com o café coado, os brigadeiros de colher. Para finalizar bem.
É barato? Não. Mas como já havia comentado em outras ocasiões, entrar na casa da Roberta Sudbrack é uma experiência imperdível para quem sente prazer pela comida. Portanto fica aqui a minha dica. Faça esse favor para você mesmo e vá um dia conhecer este picadinho. É certo de que você não irá se arrepender.
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Roberta Sudbrack
– Rua Lineu de Paula Machado, 916, Jardim Botânico, Rio de Janeiro – RJ – (21) 3874-0139
Horário: Terça a quinta, das 19h30m à meia-noite; Sexta, do meio-dia às 15h e das 20h30m à meia-noite; Sábado, das 20h30m à meia-noite
magnata!
faz um esforço e vai lá uma vez na vida… imperdível..
Deu vontade de ir, mas pelo tamanho das porções, tem que almoçar antes né?
Alta gastronomia, Tchotcho!
Marcio, o picadinho veio MUITO bem servido, comemos eu e o Rafa…além da sobremesa ser gigante